sábado, 16 de julho de 2011

Quero é ficar só. Não decidir, desacelerar, ficar deitada olhando para o teto vendo o tempo passar, sair sem destino para onde a vontade mandar. dormir. não ter que falar.
Mas o mundo não deixa. O telefone toca, pessoas batem à porta sem se anunciarem para que eu previamente prepare o ânimo; mensagens chegam ansiosas pelo celular. Todos exigindo que eu decida, que eu queira, que eu diga o que vou fazer. "não sei" eu digo. Isso não é suficiente, é preciso que possibilidades mais concretas sejam decididas agora. Após um breve período de relutância, em que avalios as alternativas de me esconder atrás das portas, me fingir de surda, doida, morta, ou quem sabe fugir;  vencida pelo cansaço, volto a existir.

- Lia Saboia -

2 comentários:

  1. Lia,sua existencia alegra nossas vidas e família!! beijos, tia De

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  2. Eu vivo o contrário. Mas o contrário ,também, implica o memso efeito.

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