Ele me disse "te quiero" e me deu frio na barriga. Em um dia qualquer, nos conhecemos. Eu esperava por outro e como dele não esperava nada, vi crescer um sentimento que desconhecia. Eu o via e pensava, "eu gosto disso". Dia a pós dia, "eu pagaria para ver vivermos juntos". Era isso, uma curiosidade. Não havia projeções, não havia expectativas, e quando nos perguntaram "ustedes son una pareja?" - somos amantes, ele disse. - somos amantes com prazo de validade, eu pensei. Na seção de frutas e verduras do supermercado veio a confirmação, "sim, somos um casal"... Café turco com cardamomo pelas manhãs, chá para as tardes. Eu não ousava perguntar o que seria de nós. Ele cozinhava, eu lavava os pratos. Ás 9:00 horas, meditação. Era tão mais fácil trabalhar. Havia algo em nossa companhia que nos fazia despertar. Não sei se foi a tarde com completo italiano e a igrejinha ortodoxa, ou aquele restaurante escondido em uma praça sem saída com Pisco Sour, ou a noite em que adormeci em seu peito enquanto ele escrevia... Fiquei feliz pelo imprevisto, por pela primeira vez não ter desejado. Essa pessoa completamente inesperada me fez viver instante seguido de instante sem nada imaginar; eu não fazia ideia do que esperar. E a cada dia eu gostei mais da pessoa que a mim se apresentava. "obrigada senhor, obrigada senhor, obrigada senhor". Após 3 semanas eu parti. O esforço continua em ser grato pelo que foi real e somente isso. Desde o princípio sabíamos que esse dia chegaria e não havia nada que pudéssemos fazer. Agora desejo não desejar nada além do que é. Algumas noites antes de tudo começar eu estava em um quarto me perguntando o que fazer diante das possibilidades que tinha, Talvez tivesse chegado até ali pelo motivo errado, que me levaria a sofrer. Mas ainda podia tomar a decisão correta que me libertaria. Lembrei do que me disse um amigo, "você verá como se sente e que decisão decidirá tomar". Esse mesmo homem me falou que "amar é abrir uma porta para alguém e igual poderia ser abrir para outra pessoa". Quando se tem a pergunta certa é possível encontrar a resposta certa. À minha frente havia um papel pregado na parede, onde se lia, "cuando fuerza algo hacia un fin, produces lo contrario". Decidi não interferi na naturalidade dos acontecimentos. Em troca, a harmonia me trouxe Sebastián. Hoje ele me disse que pretende voltar a França em um ano mais, para ficar 2 anos ou mais. É mais longe do que estamos hoje, mas talvez seja mais possível estar juntos no futuro do que nos possibilita onde vivemos agora. Me dói não ter condições para decidir "pela gente" neste exato momento. Mas sinto no fundo, que quando dói é porque não estou sentindo com a consideração correta da parte mais real em mim. Ao final, "não se pode fugir do que tem que ser".
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Ele me disse "te quiero" e me deu frio na barriga. Em um dia qualquer, nos conhecemos. Eu esperava por outro e como dele não esperava nada, vi crescer um sentimento que desconhecia. Eu o via e pensava, "eu gosto disso". Dia a pós dia, "eu pagaria para ver vivermos juntos". Era isso, uma curiosidade. Não havia projeções, não havia expectativas, e quando nos perguntaram "ustedes son una pareja?" - somos amantes, ele disse. - somos amantes com prazo de validade, eu pensei. Na seção de frutas e verduras do supermercado veio a confirmação, "sim, somos um casal"... Café turco com cardamomo pelas manhãs, chá para as tardes. Eu não ousava perguntar o que seria de nós. Ele cozinhava, eu lavava os pratos. Ás 9:00 horas, meditação. Era tão mais fácil trabalhar. Havia algo em nossa companhia que nos fazia despertar. Não sei se foi a tarde com completo italiano e a igrejinha ortodoxa, ou aquele restaurante escondido em uma praça sem saída com Pisco Sour, ou a noite em que adormeci em seu peito enquanto ele escrevia... Fiquei feliz pelo imprevisto, por pela primeira vez não ter desejado. Essa pessoa completamente inesperada me fez viver instante seguido de instante sem nada imaginar; eu não fazia ideia do que esperar. E a cada dia eu gostei mais da pessoa que a mim se apresentava. "obrigada senhor, obrigada senhor, obrigada senhor". Após 3 semanas eu parti. O esforço continua em ser grato pelo que foi real e somente isso. Desde o princípio sabíamos que esse dia chegaria e não havia nada que pudéssemos fazer. Agora desejo não desejar nada além do que é. Algumas noites antes de tudo começar eu estava em um quarto me perguntando o que fazer diante das possibilidades que tinha, Talvez tivesse chegado até ali pelo motivo errado, que me levaria a sofrer. Mas ainda podia tomar a decisão correta que me libertaria. Lembrei do que me disse um amigo, "você verá como se sente e que decisão decidirá tomar". Esse mesmo homem me falou que "amar é abrir uma porta para alguém e igual poderia ser abrir para outra pessoa". Quando se tem a pergunta certa é possível encontrar a resposta certa. À minha frente havia um papel pregado na parede, onde se lia, "cuando fuerza algo hacia un fin, produces lo contrario". Decidi não interferi na naturalidade dos acontecimentos. Em troca, a harmonia me trouxe Sebastián. Hoje ele me disse que pretende voltar a França em um ano mais, para ficar 2 anos ou mais. É mais longe do que estamos hoje, mas talvez seja mais possível estar juntos no futuro do que nos possibilita onde vivemos agora. Me dói não ter condições para decidir "pela gente" neste exato momento. Mas sinto no fundo, que quando dói é porque não estou sentindo com a consideração correta da parte mais real em mim. Ao final, "não se pode fugir do que tem que ser".
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Conocerte fue hermoso.
ResponderExcluirfico feliz por você. e não fiquei triste, sem resposta. assisti ao video e achei lindo, e isso foi tudo. me deu vontade de ler essa, pq te reconheci na foto, mas não prometo ler tudo, nem prometo respostas. Aliás, não prometo nada. Prometo só minha educação, meu carinho, e um sorriso quando vier.
ResponderExcluirBeijos,
(quem sabe um dia não trabalhamos juntas... Você ainda atua, né isso?)
Caly